Seminário

Série de Seminários do CEEG: Modelo de previsão de falência no sector bancário de Moçambique

No dia 1 de Junho de 2022, Doutor. Reis Castigo Intupo, estudante de doutoramento na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), discutirá o seu recente estudo intitulado ‘Modelo de previsão de falência no sector bancário de Moçambique’.

O evento faz parte da Série de Seminários do CEEG, organizado pelo programa Crescimento inclusivo em Moçambique.

O objetivo é oferecer um fórum para apresentar e discutir pesquisas recentes e em curso e desenvolver capacidade de pesquisa entre os parceiros de pesquisa moçambicanos. Os seminários são eventos públicos abertos a todos. A apresentação será em português.

Os seminários decorrem na Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

Sobre a apresentação

Existe uma falta de estudos sobre modelos de previsão de falências adaptados ao contexto moçambicano. Entretanto, o sector bancário nacional tem passado por turbulências durante a última década, resultando na intervenção do Banco de Moçambique em dois bancos (Moza Banco, S.A e Nosso Banco, S.A).

Este estudo contribui para melhorar os métodos de previsão do risco de falência no sector bancário moçambicano, e assim minimizar a sua ocorrência, ao propor um modelo de previsão de risco de falência para o sector bancário em Moçambique. Quatro bancos comerciais foram identificados como amostra (Moza Banco, S.A, Nosso Banco, S.A, Barclays Bank Moçambique, S.A e Banco Terra, S.A), dois considerados ‘saudáveis’, dois necessitando de intervenção. Foram identificados três rácios financeiros considerados na literatura como bons preditores de risco de falência no sector bancário (estructura do capital, rendibilidade de activos e concentração de activos) e utilizados para determinar três zonas de classificação (a zona de alto risco de falência, zona de incerteza e a zona de menor risco de falência). Seis bancos comerciais adicionais foram identificados para testar o modelo (Banco Único, S.A, FNB Moçambique, S.A, Cooperação Bancária Africana (Moçambique), S.A, Ecobank Moçambique, S.A, Capital Bank (Moçambique), S.A e Société Générale Moçambique, S.A). O modelo apresentou um nível de precisão de 75%, significando uma boa capacidade de previsão de risco de falência bancária.