Série de Seminários do CEEG: Impacto de COVID-19 na nutrição das famílias e crianças Moçambicanas
Na quarta-feira, 20 de Abril de 2022, Margherita Squarcina, estudante de doutoramento na Universidade de Florença, apresentará seu estudo em curso intitulado 'Impacto de COVID-19 na nutrição das famílias e crianças Mocambicanas'.
O evento faz parte da Série de Seminários do CEEG, organizado pelo programa Crescimento inclusivo em Moçambique. O objetivo é oferecer um fórum para apresentar e discutir pesquisas recentes e em curso e desenvolver capacidade de pesquisa entre os parceiros de pesquisa moçambicanos.
Os seminários decorrem na Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). São eventos públicos abertos a todos. As apresentações são em português.
Sobre o estudo
O estudo visa investigar o impacto do COVID-19 e restrições relacionadas no consumo alimentar doméstico e nos resultados nutricionais das crianças em Moçambique. Especificamente, o estudo visa compreender como os efeitos socioeconômicos da crise, por sua vez, afetaram os resultados nutricionais. Devido à recessão económica causada pela pandemia, espera-se que as famílias ajustem as suas escolhas alimentares tanto em termos de qualidade alimentar para alimentos mais baratos e menos saudáveis, como em termos de quantidade, reduzindo a diversificação da dieta e aumentando a exposição à desnutrição, principalmente das crianças. Todavia, as evidências empíricas sobre os efeitos do Covid-19 na nutrição infantil ainda são escassas devido à falta de dados. Baseando-se em dados de inquéritos sobre orçamento familiar de 2019/2020, que incluem medidas antropométricas para crianças menores de 5 anos, este artigo visa preencher essa lacuna de evidência. Os autores aplicaram a metodologia diferença em diferença com ponderação de pontuação de propensão como nossa especificação principal. Adicionalmente, o pseudo-panel em níveis geográficos e de coorte de idade foi calculado para controlar características não observadas invariantes ao longo do tempo. Os resultados preliminares mostram que houve uma redução significativa no consumo alimentar dos agregados familiares, tanto em termos de quantidade consumida, quanto em termos de diversidade alimentar.